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sábado, 17 de novembro de 2012

1973 - Rito de passagem























A antiga rodoviária ficava em pleno centro de São Paulo
      No começo do século 20 foi inaugurada a Estação da Luz, 30 anos 
depois foi construída a sede da estrada de ferro Sorocabana e a 
estação Júlio Prestes, por onde passava a produção de café de todo 
o país. Em 26 de janeiro de 1961, a região da Luz se fixava como 
centro de modais com a inauguração da estação rodoviária, como era 
chamada.

      A estrutura metálica com a marquise e o teto formados por 
quadrados coloridos  ficou pronta pouco tempo depois e tornou-se 
uma referência geográfica da cidade. Por ser o principal meio de 
transporte intermunicipal e estadual, já no primeiro mês circularam 
cerca de 150.000 pessoas por dia. A obra custou 200 milhões de 
cruzeiros e foi construída durante a gestão do governador Ademar de 
Barros em parceria coma prefeitura.

      Antes da inauguração do terminal, os paulistanos dirigiam-se a 
pontos dispersos pela cidade, de acordo com o destino pretendido. 
Os ônibus para o Nordeste saíam e chegavam no Brás. Já para o Rio 
de Janeiro, o embarque era na avenida Ipiranga. A rodoviária da Luz 
não era só frequentada pelos passageiros, mas também por 
telespectadores: foi um dos primeiros lugares da capital a receber 
aparelhos de televisão em cores na primeira metade dos anos 70, o 
que atraiu muitos torcedores ávidos pela novidade "ao vivo e em cores".

      Em 9 de maio de 1982, o governador Paulo Maluf inaugurou o 
novo terminal rodoviário do Tietê, desativando o antigo, e o prédio 
icônico foi vendido para um grupo de empresários que o 
transformariam em um shopping popular a partir de 1988. Em 2007 on 
prédio foi desapropriado e permaneceu fechado até abril de 2010, 
quando foi finalmente demolido, dando origem ao terreno que deverá 
abrigar um centro cultural. A futura obra faz parte do projeto Nova Luz, 
que pretende reurbanizar a região que passou a ser conhecida como 
Carcolândia. O empreendimento terá 70.000 metros quadrados e suas 
obras devbem começar em 2013, com expectativa de conclusão de 
quatro anos.

por Isadora Carvalho (Revista Quatro Rodas, nº 636, nov/2012)

Divulgação e Postagem de João Manoel (Equipe Litoralbus)

2 comentários:

  1. Muito boa matéria ,parabéns, que saudades dessa Rodoviária,passei minha infancia olhando esse fluxo de gente saindo e chegando de S.Paulo, pois eu morava em um prédio em frente. Adorei essa matéria

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  2. Demolir esse prédio foi um erro do ladrão Maluf. Era muito bonito e poderia ser um centro cultural com pequenas adaptações

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